Sinopse
Ana é uma jovem que sempre viveu da imagem, da moda, procurada por todos porque marcante, querem-na constantemente associada a suas marcas.
Admirada por uns, invejada por outros, por onde passava não deixava ninguém indiferente.
Porém, quando a morte se aproxima de forma tão intensa, a vida ganha um sentido imenso que no dia a dia não é valorizado.
Que o diga Ana. Após uma queda, começou a ver a vida com outros olhos, tendo que tomar um rumo diferente.
Qual terá sido o novo rumo que encontrou para a sua vida?
PREFÁCIO
Isto não é uma obra, mas uma partitura
É sempre ardilosa a tarefa de prefaciar qualquer obra. Temos o fortúnio de ler a obra, antes de todos os leitores e de entrar no Universo do autor, antes de todos os demais o fazerem; temos a bonança de espreitar para lá da cortina, referência que o leitor perceberá mais tarde, quando as personagens ainda se compõem e rearranjam. E contudo, sabemos que nunca saberemos explanar a obra, com a mesma mestria de quem a criou.
Ora, não é isso que eu prometi fazer. Um prefácio não é um resumo cheio de elogios e palavras simpáticas, mas vãs. Um prefácio é, ou deveria ser, um mapa; que ajuda o leitor a situar-se antes de se entregar nas mãos do autor. Um prefácio é a paragem que separa o leitor da obra que se inicia umas páginas depois. Um prefácio é o sítio onde se respira, antes do salto para o desconhecido Universo que se palmilhará grafema a grafema, linha a linha.
Li com expectativa a obra que agora se publica e cedo percebi que a promessa que me tinham feito de um romance com matriz filosófica não tinha sido cumprida. Isto não é prosa, mas sim uma partitura. O autor transformou os personagens em notas musicais e faz-nos navegar na harmonia dos sentidos. Não existe metrónomo, mas existe a cadência das revelações que nos chegam aos poucos.
O autor prometeu prosa, mas falhou dando-nos música. Não da que se canta e da que se toca, mas da que se lê. Eu sabia que o Augusto se queria desafiar, sabia que queria trilhar novos caminhos do seu engenho literário, mas não o sabia compositor. Não se desencante o leitor, porque esta partitura é romanceada, o seu equilíbrio harmonioso e a sua tendência para uma serena elegância são os traços que me ficaram como mais salientes.
Importante destacar nesta obra a ausência de pretensiosismo. O Augusto, homem de talentos a quem envio um aplauso com estas singelas palavras, não quis copiar estilos; não sentimos um encosto a Murakami, um pastiche de Lobo Antunes, ou uma aproximação a Camus. O Augusto cria o seu caminho com esta obra, onde de modo sincero e intenso nos obriga a perceber que a construção das personagens, começa antes de mais com a desconstrução absoluta e plena do leitor.
Como ler então esta obra? Como se fosse uma ópera sem libreto. O melhor é não antever nada, não tentar antecipar nada, não querer saber nada de antemão. O importante é deixar que as palavras do autor, do Augusto de inspiração augusta, nos conduzam por entre as linhas da melodia, que sendo harmoniosa é ardilosa e desafiante. Não estamos perante uma obra, mas perante uma partitura e, portanto, temos que saber ler e também saber ouvir, com a audição que apenas ao coração e ao cérebro diz respeito.
Quando aceitei o desafio de prefaciar esta obra esperava algo interessante, mas não contava com algo transformador. Este romance não se lê apenas, ouve-se e sente-se. E no final, como as melhoras partituras de ópera, não nos deixa ficar neutrais ou indiferentes. O leitor e o autor que me desculpem revelar pouco da estória, mas essa história fica ao encargo de cada um de vós. Deixem que o som dos grafemas faça a sua magia. Isto não é uma obra, é uma partitura e é tão melhor quando assim é.
Tiago André Lopes
Biografia
Augusto Filipe Gonçalves, tem 37 anos é natural e residente em Penafiel.
Jurista de Profissão, é licenciado em direito, pós-graduado em ciências forenses, investigação criminal e comportamento desviante e mestre em ciências jurídicas, internacionais e europeias.
Tem vários cursos de escrita de ficção, escrita criativa e workshops a nível de comunicação.
Autor do livro: Sofia, A Visão Poética Filosófica
Coautor de diversas Antologias e Revistas Web, em Portugal e no Brasil
Autor do livro de Poesia
Sofia, A Visão Poético-Filosófica
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