Sinopse
«Digamos que a filosofia designe o excesso ou o transbordo da linguagem
sempre da linguagem em diante. A poesia, pelo avesso, diz esse transbordo ou
esse fora dentro de sua própria dicção. O filósofo sempre fala, mesmo quando
se trata de fora-da-linguagem. O poeta cai sempre num momento ou outro – e,
sempre, não conhece a sua própria palavra…»
«Ser surpreendido, rastrear-se na obra [da arte contemporânea], tentar
entrar nela, e também contemplar. Contemplar – verdadeiramente – não é tudo
passivo e imóvel. Ou é uma passividade ativa, mesmo quando está
cheirando…»
«[…] não sabemos o que é "a técnica". Trata-se da dúbia revelação
de nossos próprios fins sem fim: inventamos fins, mas não sabemos se esses
fins são seus próprios fins. [...] a nossa medicina é muito mais performática
que a de todas as outras culturas, mas também é uma medicina ligada a um
grupo que produzimos (faz, tempo de vida, alimentação, respiração, exposição
a vários agentes tóxicos, etc. ). Isso nos revela que nossa vida em termos de
duração, conservação e "saúde" não pode constituir um fim em si
mesma. Haverá, então, que lhe dou outro significado…»
Jean Luc Nancy
«Síntese, o título Sulcos para este livrinho surgiu de acordo com Nancy,
partindo da ideia de possíveis linhas que se formam traçando, sulcando na
abertura e por vezes à deriva, conforme as abordagens indicadas no subtítulo
nas partes que dividem o texto.
A ilustração do cabo é uma «imagem» possível para Sulcos, onde se observa
uma estratigrafia de linhas gravadas em padrão labiríntico, distinguindo
figuras de animais (gravuras rupestres de Foz Côa). Outras pistas e analogias
ficarão a critério do leitor.»
Luis de Barreiros Tavares, na "Nota Prévia"
Detalhes do livro
ISBN/13: 9789897032028
Nº Páginas: 88
Tamanho: 148 x 210 mm
Encadernação: capa mole com abas
Ano de publicação: 2018
Editora: Terra Ocre, Lda / Palimage
Categoria: FILOSOFIA
Jean Luc Nancy (Autor)
Luís de Barreiros Tavares (Autor)
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