Sinopse

A concepção de planejamento e urbanismo escolar sempre respeitou as influências da organização e municipalização da rede escolar e das correntes urbanas que gradativamente vão situando o edifício em nossos territórios.
A escola, enquanto edifício, é, por outro lado, um conceito que traduz as propriedades emergentes da produção normativa, das técnicas construtivas e da necessidade de posicionar o desenho urbano, como complemento.
Quando a Administração Pública assume definitivamente a promoção do planeamento escolar, existem dois limites à respetiva prestação, nomeadamente a função generativa do edifício escolar em malha urbana: cria novos desenhos, alguns acréscimos morfotipológicos ou simplesmente conforma-se com o pré -layout existente?

Partindo da cidade do Porto, esta investigação pretende analisar os processos e concretizações relacionados com a morfologia escolar. Com base em uma amostra de 105 prédios escolares, adotou-se como procedimento metodológico o levantamento de fontes escritas e cartográficas para individualizar e interpretar conjuntos morfológicos elaborados a partir da implantação diferenciada de dois três tipos de edificação, escola de ensino médio, escola técnica e ensino fundamental escola. Revisitaremos, por isso, todos os liceus, desde os primeiros, os Liceus D. Manuel II e Alexandre Herculano, ambos do arquitecto Marques da Silva até aos últimos, ou Garcia de Orta e Porto NE responsáveis ​​pelo Conselho de Edifícios de Ensino Técnico e Secundário. Revisitamos também as escolas técnicas da cidade, desde o Infante D. Henrique ao Ramalho Ortigão e, por fim, todas as escolas primárias que irão completar o complexo escolar do Porto.

Este trabalho é o resultado da Tese de Doutoramento em Geografia Humana – Planeamento e Urbanismo (pré-Bolonha) apresentada na Faculdade de Letras da Universidade do Porto e pretende, acima de tudo, demonstrar que o posicionamento do edifício escolar no espaço urbano matriz de centralidades, espaços, formas e desenhos urbanos de Porto Gerou. Cumpre, portanto, sua função de geradora do mal urbano.

Detalhes do livro

ISBN/13: 9789898574237

Nº Páginas: 280

Tamanho: 153 x 235 mm

Encadernação: capa mole com abas

Ano de publicação: 2022

Editora: Cordão de Leitura, Unipessoal, Lda

Categoria:

Ana Paula de Nápoles (Autor)
Ana Paula Freitas Vasco dos Santos, natural de Nápoles, é licenciada em Geografia pela FLUP e doutorada em Geografia Humana (pré-bolonha).
Professora na Faculdade de Arquitetura e Letras e na Faculdade de Engenharia e Tecnologia das Universidades Lusíada do Porto e Vila Nova de Famalicão, desempenha diversas funções no Ministério da Educação e Ciência.
Investigadora residente do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT) e investigadora colaboradora do Centro de Investigação em Territórios, Arquitectura e Design (CITAD), incluindo nas suas áreas de interesse ensino e investigação, urbanismo e planeamento.
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